Hackers atacam sites do Governo brasileiro

22/06/2011 11:02

 

 

O ataque

Nessa quarta-feira 22/06 o site da Presidência da República (www.presidencia.go.br), do Portal Brasil (www.brasil.gov.br), da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e da Petrobras (www.petrobras.com.br) sofreram um ataque do tipo DDoS (negação de serviço), aonde os servidores dos sites registraram mais de 2 bilhões de tentativas de acessos, deixando-os fora do ar por pelo menos uma hora, com exceção do site da Petrobras que ainda apresenta instabilidade.

Segundo a Serpro (Serviço de Processamento de Dados), os invasores fizeram uso de provedores na Itália, para fazer o ataque. A Serpro também afirmou que os responsáveis pelos ataques, não conseguiram obter acesso a dados sigilosos dos sites alvos, e ainda lembrou que a Serpro tem sistemas sofisticados e pessoas altamente treinadas, acompanhando esse tipo de ataque durante 24 horas.

A autoria do ataque

A autoria dos ataques aos sites do governo foram assumidas pelo grupo de “hackers / crackersLulzSecBrazil, a justificativa seria o alto preço do combustível no Brasil. Veja a mensagem postada pelo grupo no Twitter: “Acorda Brasil! Não queremos mais comprar combustível a R$2.75 ou R$2.98 e exportar a menos da metade do preco! ACORDA DILMA!“.

Ao que parece o grupo LulzSecBrazil tem ligações com o grupo LulzSec, que foram responsáveis por ataques recentes as empresas de video game Sony e Nintendo, as emissoras de TV Fox e PBS, aos órgãos governamentais americanos CIA (agência de inteligência americana) e FBI (Polícia Federal) e ao serviço público de saúde britânico NHS.

Divulgação de dados

Talvez em resposta a Serpro, que afirmou que nenhum dado sigiloso foi obtido pelos atacantes, o grupo LulzSecBrazil divulgou em seu perfil no twitter, links para arquivos com supostos dados sigilosos da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Os arquivos contém informações como números do CPF e PIS, data de nascimento, telefones, escolaridade e emails.

Além dos arquivos com informações pessoais, dois outros arquivos também foram divulgados no Twitter, um com uma lista de supostos acessos para o sistema da Petrobrás e o outro uma lista de supostos acessos para o sistema do Ministério do Esporte.

O que o Governo diz? E a Serpro?

Após a divulgação dos dados a Serpro voltou a afirmar que nenhum dado que eles administram foram violados, porém lembraram que alguns ministérios administram suas próprias bases de dados, por tanto eles não podem afirmar se esses dados foram ou não violados.

O prefeito Kassab usou o Twitter para dar a sua palavra, aonde ele criticou a ação do grupo: “Fatos como esse mostram como a tecnologia precisa avançar para impedir a ação dos vândalos.” twittou Kassab.